O mercado de fusões e aquisições (M&As) no Brasil vive um momento de intensa transformação. As movimentações crescentes nas transações de médio porte revelam um cenário de oportunidades para empresas e investidores dispostos a aproveitar o momento.
Nos últimos anos, o Brasil registrou uma evolução significativa nos últimos anos no universo de M&As. Após um salto de 50% em 2021, o volume de operações não só manteve o ritmo como demonstrou impulso relevante em 2023 e 2024, particularmente em empresas de porte intermediário.
O crescimento de 10,1% em 2024 nas transações de médio porte reforça que esse segmento se tornou um dos principais alvos de investidores. O interesse por negócios que envolvem valores abaixo de R$50 milhões cresce, pois combina alto potencial de retorno com um perfil de risco controlado.
O ano de 2024 encerrou com 1.426 transações registradas no Brasil, representando um avanço de 1,86% sobre 2023. Apesar do desempenho positivo do último semestre, o primeiro trimestre de 2025 apontou uma queda de 6% nas operações em relação ao mesmo período do ano anterior, reflexo de instabilidades geopolíticas globais.
Entre os setores que mais movimentaram operações no primeiro trimestre de 2025, destacam-se:
No panorama geral de 2025, os setores de energia, telecomunicações e infraestrutura lideram as intenções de compra e fusão, impulsionados por projetos de expansão e modernização.
Para este ano, a palavra de ordem no mercado de M&As é seletividade estratégica e inovadora. Os investidores têm se concentrado em operações que gerem sinergias claras e alinhamento com metas de longo prazo. Além disso, a atração de investidores estrangeiros segue em alta, consolidando o Brasil como um destino promissor para capital internacional.
As negociações de médio porte continuam a se beneficiar de um ambiente regulatório mais estável e de incentivos setoriais. Essa combinação favorece estratégias inovadoras e de longo prazo, principalmente em segmentos ligados à sustentabilidade, tecnologia e infraestrutura verde.
Exemplos recentes como a parceria entre Natulab e Pátria Investimentos no setor farmacêutico e a aquisição da Premier Pet no segmento petroquímico ilustram como operações bem estruturadas podem gerar valor substancial. Esses casos reforçam a importância de uma abordagem disciplinada em todas as fases da transação.
Essas práticas podem reduzir surpresas e maximizar sinergias desde o primeiro dia após o fechamento.
Para organizações de médio porte, é fundamental mapear pontos fortes e áreas de melhoria antes de buscar um parceiro ou comprador. Estruturar processos internos, garantir governança clara e investir em tecnologias de gestão tornam a empresa mais atrativa.
Do lado dos investidores, compreender as particularidades do mercado local e buscar assessoria especializada pode fazer a diferença na avaliação de riscos e oportunidades. A construção de relacionamentos de confiança com consultorias, bancos de investimento e fundos de private equity facilita o acesso a negociações mais vantajosas.
O movimento de M&As no mercado de médio porte mostra-se cada vez mais robusto e promissor. Apesar dos desafios conjunturais, a combinação de mercado de médio porte dinâmico, investidores atentos e boas práticas de gestão cria um ambiente fértil para transações bem-sucedidas.
Empresas que se prepararem de maneira estratégica e investidores que adotarem uma visão de longo prazo estarão na dianteira desse processo. O Brasil, com seu potencial de crescimento, segue atraindo olhares globais, tornando o momento ideal para explorar o universo de fusões e aquisições e impulsionar novos ciclos de desenvolvimento.
Referências